Os planos de se submeter a cirurgias plásticas devem incluir a “interrupção” ou diminuição drástica do uso de nicotina, pelo menos por algum tempo, de acordo com análises individualizadas por parte de médicos competentes. Livrar o organismo do hábito de fumar pode contribuir para que os resultados sejam melhores e a recuperação mais rápida e livre de complicações. A título de curiosidade, pessoas que fumam até um maço de cigarro por dia tem três vezes mais chances de apresentar necrose da pele.
Em uma cirurgia plástica o organismo precisa de sangue e nutrientes para fazer com que o corpo se recupere mais rápido. E o que o cigarro faz é exatamente retardar este processo: o monóxido de carbono liberado por ele prejudica o transporte de oxigênio pelo sangue até os tecidos, o que piora a oxigenação dos mesmos (e a boa oxigenação deles é fundamental para a cicatrização).
Durante uma cirurgia que envolve descolamento de tecido cutâneo, há a natural diminuição da vascularização. Ou seja, a associação destes dois fatores (cigarro e cirurgia) potencializa os efeitos negativos sobre a pele.
O cigarro, então, compromete o funcionamento dos vasos sanguíneos; além de retardar a distribuição de nutrientes para manter e regenerar pele e tecidos e gerar complicações cardiorrespiratórias.
Todas estas interferências, além de ocasionarem mais riscos na anestesia e cicatrização, também podem acarretar efeitos colaterais como necroses, infecções, manchas, queloides, trombose venosa, embolia pulmonar e rompimento de incisões cirúrgicas (abertura da sutura).
No Brasil, os candidatos a uma cirurgia plástica assinam um termo de compromisso em que admitem estar cientes do risco de complicações pós-cirúrgicas em razão do cigarro.
Na hora em que se decidir e marcar um procedimento estético faça um esforço e interrompa o fumo três ou quatro semanas antes. Seu médico ficará mais animado e à vontade para realizar a cirurgia se você deixar o vício!